Cirrose hepática

Cirrose hepática é um quadro avançado da chamada Hepatopatiacrônica. A Cirrose avançada é facilmente detectada, pois os pacientes apresentam inchaço no abdome, coloração amarela nos olhos e sangramentos na gengiva.
Entretanto, os quadros iniciais da Cirrose são de diagnóstico mais difícil. Isso ocorre porque a doença hepática do fígado é muito silenciosa e o paciente não percebe que a doença está avançando. Por isso é importante e a realização de exames anuais de CHECK- UP do fígado. Exames de sangue e ultrassonografia são necessários para a detecção precoce das alterações do fígado.
A Cirrose Hepática também está relacionada com o risco aumentado de câncer do fígado. Ela pode ter muitas causas, como o excesso de ingestão alcoólica, as hepatites virais e algumas doenças auto-imunes. A presença de cirrose no fígado está relacionada ao aumento do risco de aparecimento de tumores- o hepatocarcinoma. Esses tumores devem ser detectados precocemente através de um esquema de acompanhamento trimestral com ultrassom e exames de sangue. Eles podem ser tratados com cirurgia, com quimioterapia intra-arterial ou pela destruição com calor (ablação). Alguns casos são tratados com a realização de transplante de fígado.
Muitos pacientes portadores de cirrose podem ter melhora do quadro com medidas dietéticas e medicamentosas. Entretanto, alguns pacientes podem necessitar da realização do transplante hepático, pois o órgão já foi tão afetado que não mais realiza suas funções básicas adequadamente. Hoje existe uma classificação chamada MELD que consegue calcular matematicamente como está a reserva funcional do fígado naquele momento. O MELD é aceito no Brasil como critério de gravidade para a organização das filas de espera do transplante hepático.